sábado, 24 de setembro de 2011

Próximas Entrevistas!!!

Pessoal fiquem ligados no Blog I'm a deejay, pois já estão confirmadas a entrevistas dos meses de outubro e novembro. Os DJs contarão um pouco sobre o inicio de carreira, os obstáculos enfrentados, o que pensam das mudanças no mercado, como lidam com as dificuldades e claro deixarão várias dicas sobre esta profissão fantástica!!!


DJ Igor Willcox

DJ Alexander Rey Hunt

Acessem, comentem e perguntem, este espaço é de todos!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Entrevista com o DJ Nedu Lopes


Nedu, a grande maioria das pessoas já sabem que você é DJ há mais de 20 anos, mas poucos sabem como você se tornou DJ, nos conte um pouco do seu início.
Aos 14 anos, em 1989, comecei a me interessar por música, mais especificamente House, ouvindo uma rádio em BH que se chamava 107FM Radioativa. No mesmo ano ganhei de presente um toca-disco bem simples, passei a comprar discos e comecei a tocar em festinhas de amigos e parentes.

Quem foram os DJs que lhe influenciaram no inicio de carreira?
Bem no início dos anos 90 os DJs que eu mais admirava, e ainda admiro, eram DJ Marcelo Memê Mansur e DJ Cuca.

Teve oportunidade de conhecer algum pessoalmente? E como foi?
Conheci pessoalmente o Memê. Já tocamos juntos. Super gente-boa! O Cuca eu só conversei poucas vezes pela internet.

Durante esses 20 anos que mudanças na profissão lhe chamaram mais atenção? Cite pelo menos uma mudança boa e uma ruim, que em sua opinião pode levantar ou derrubar o DJ atual.
Acho que uma mudança muito boa, que veio salvar os DJs que preferem tocar com o formato vinil, foi a invenção do Time Code. Considero a mais significativa revolução na discotecagem. Mas o mesmo avanço tecnológico que veio beneficiar os DJs de verdade, também ajuda os oportunistas que atacam de DJ. Na época em que o DJ só tocava com vinil, não dava pra tirar onda. O cara tinha que aprender a tocar. Hoje a tecnologia permite facilmente que uma pessoa finja que está tocando e na maioria dos lugares grande parte do público nem vai notar.



 
Em uma entrevista você definiu seu estilo musical como eclético, scratch e efeitos, como você traduz isso no seu dia-dia de DJ?
Eu não sigo uma linha única de som. Toco em festas de Hip Hop, em clubes de música eletrônica e em raves. E gosto dessa variação. Em qualquer lugar o que toco é o que gosto, independente do estilo. E sempre gosto de fazer scratches e usar efeitos nos meus sets.

O que mais irrita Nedu Lopes no mundo da discotecagem e por quê?
Não me irrito facilmente. Nem com pedidos de música enquanto estou tocando, mas é bem desagradável quando aparece gente sem noção na cabine insistindo pra tocar funk, por exemplo.

Você acha que o DJ profissional é pouco valorizado no Brasil? Se sim o que você acha que pode ser feito para mudar essa situação?
O ideal seria que fosse uma profissão mais organizada, consequentemente seria mais valorizada. É uma questão complexa. Porque você pode dizer que os oportunistas atrapalham o mercado. Mas a culpa então é de quem dá espaço para eles (promoters e donos de clubes). Mas aí eles vão dizer que esses “fake DJs” atraem público. Daí a culpa seria do público. No final das contas acho que é mais uma questão cultural. A música eletrônica, mesmo após a grande difusão que teve no final dos anos 90 e começo dos 00, ainda é uma música marginal no cenário brasileiro. A música de massa aqui é o sertanejo, samba, forró e axé. O que nós DJs temos que fazer é continuar trabalhando sério.

E o resultado obtido por você na Batalha Internacional, Red Bull Thre3Style, te deu maior destaque na profissão? O que mais mudou na sua vida de DJ com seu vice-campeonato?
Com certeza deu um destaque sim. É um título que me deu uma boa repercussão tanto no Brasil quanto fora. Acho que o que mais mudou na minha vida foi meu próprio ânimo para continuar trabalhando.


E o que todos nós podemos esperar do DJ Nedu Lopes do futuro? Quais são os projetos?
Pretendo continuar tocando meus dois projetos mensais, o Spacelab e o Bring Ya Booty. Devo lançar em breve duas tracks pelo novo selo Paradise. E este ano pretendo defender meu título no Thre3Style.

O que recomenda aos jovens que iniciam agora a carreira de DJ?
Busquem conhecimento! Valorizem a essência do DJ. Não é só chegar na cabine e ficar tocando música bombação e levantando os braços que nem Tiesto. DJ é músico! Tem que entender de música. E tem que saber mixar direito!


Para finalizar, que mensagem gostaria de deixar ao seu publico em geral?
Agradeço a você pela oportunidade dessa entrevista e a todos que gostam do meu trabalho. Para ficar sabendo de novidades, datas, músicas, sets, vídeos e meus contatos, tem tudo no meu site www.djnedulopes.com. Obrigado e um abraço a todos!