sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Feliz ANO NOVO!!!!



O blog I'm a deejay deseja a todos os seguidores e leitores um ano novo cheio de paz, saúde, realizações e muito sucesso!!!

Agradecemos a todos que participaram conosco nas entrevistas, comentários e leitura. O blog não seria nada sem vocês. Muito obrigado a todos!!!!

Fabiano Garcez Lourieri

Próxima entrevista!

Aos internautas de plantão, o blog I'm a deejay informa que no dia 1° de janeiro de 2012 estará no ar uma entrevista muito bacana com a DJ Flavia Liss. Com talento de sobra essa DJ vem conquistando seu espaço e se fixando cada vez mais na cena eletronica nacional. Não percam!!!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

2° ENCONTRO DE DJS DO VALE DO PARAÍBA




Atenção comandantes das carrapetas que vivem à margem do rio paraíba, vem ai o SEGUNDO ENCONTRO DE DJS DO VALE DO PARAÍBA.
O evento acontecerá dia 04/12, a partir das 14h na ADC FORD em Taubaté (www.adcford.com.br)

No local será disponibilizado som para os DJs, bar com serviço de bebidas, lanches e aperitivos, além de sorteios de brindes das empresas DJ Tech e R & S Som e Luz bem como as informações que muitos querem ouvir da Diretoria do SINDECS como da DELEGACIA.

Sendo DJ ou simplesmente amante da arte, não deixem de prestigiar o evento e ajudar na divulgação junto aos seus amigos.
 
Deixo aqui meus parabéns a toda equipe do SINDECS pela iniciativa!!! Som na caixa DJ!!!

Para aqueles que não deixam a pista parar e querem participar, enviem um mail com nome completo e tel/cel de contato para delegaciavale@sindecs.org.br

domingo, 20 de novembro de 2011

DJs, vocês pensam na SAÚDE?

DJs e amantes da profissão, tudo beleza????

Pessoal, estava eu em minha casa quando resolvi dar uma mixada para relaxar, ao encerrar o set percebi que estava bem suado devido a empolgação do momento que, diga-se de passagem, é muito relaxante para quem curte. Bem, com todo aquele suor e calor, veio uma pergunta na minha cabeça: Quantas calorias um DJ perde em uma noite de trabalho? Como eu já esperava não consegui nenhum dado concreto sobre o assunto, mas após várias consultas ao Oráculo dos tempos modernos, o Mr. Google, encontrei uma matéria que me chamou a atenção (http://p3.publico.pt/node/1316). A matéria fala sobre a luta da APDJ, Associação Portuguesa de DJs, em classificar a profissão como um risco a saúde. Caracas! É isso mesmo? Sim, é isso mesmo, um risco para a saúde. Sendo assim, fui mais a fundo no assunto e me fiz outra pergunta: Será que os DJs já pararam para pensar qual é o impacto causado à saúde pela profissão exercida?

Pois muito bem! Se nenhum DJ pensou nisso, para sorte de vocês a Associação Portuguesa de DJs o fez e, como DJ é DJ em qualquer lugar, vou fazer um resumo do que eu li no site da mesma:

Vamos expor o assunto em 3 partes principais, sabendo que em alguns casos os mesmos estejam interligados, e que demonstram a dureza da profissão, desgastes físico e psicológico, que fazem desta arte uma profissão de risco para a saúde.

O SOM E SEUS EFEITOS NA SAÚDE HUMANA

FONES DE OUVIDO

Muitos pensam que o fato do DJ usar fone de ouvido irá beneficiar o mesmo em termos de proteção quanto ao som da pista de dança! Pois é exatamente o contrário! Em regra geral, os DJs ouvem a mesma quantidade de som, tendo que, para mixar bem, ouvir em igualdade o som da música que vai entrar tal como o som da música que está a tocar na pista ou recinto, pois assim são as regras de trabalho de um bom DJ.

No entanto, devido ao desgaste dos tímpanos ao longo dos anos, o DJ se vê obrigado a ouvir o fone de ouvido com volumes cada vez mais altos.

A maioria dos DJs para trabalhar e treinar utiliza fones de ouvido de alto rendimento, que podem chegar facilmente até 115dbs, o que pode prejudicar gravemente a saúde, podendo causar surdez.

PISTA DE DANÇA

Não é por acaso que na América (danceterias, discotecas e bares em geral) possuem avisos obrigatórios contendo o seguinte aviso: “AQUI VOCÊ ESTÁ SUJEITO À SURDEZ”. Segue alguns resultados de exames e estudos realizados: Na Alemanha foi realizada uma pesquisa em mais de 4000 pacientes cardíacos, o que levou à conclusão de que as pessoas que vivem ou trabalham em ambientes muito barulhentos, correm um risco 50% maior que os demais de sofrer ataques cardíacos. Os pesquisadores concluíram que os problemas cardíacos são causados pela maior libertação de hormônios ligados ao stress provocado pelo barulho. É interessante notar que a maior parte das ocorrências de problemas cardíacos foram em trabalhadores de empresas com níveis de ruído próximos dos 85 dbs, considerados saudáveis pelas normas internacionais de segurança e saúde. Sendo assim, as doenças causadas por ruído ou som, em níveis usuais, em bares e discotecas são, na generalidade, divididos em três grupos: 
    • Efeitos físicos - perda da audição;
    • Efeitos fisiológicos - alteração da pressão sanguínea, do ritmo cardíaco, respiratório e tensões musculares;
    • Efeitos psicológicos - irritabilidade, stress, fadiga, diminuição da capacidade de concentração.
Nível de DBs aceitável por tempo em horas: 16 horas- 80dbs / 8 horas - 85dbs / 4 horas - 90 dbs / 2 horas - 95dbs / 1 hora - 100 dbs / 30 minutos - 105 dbs / 15 minutos – 110dbs /

POSTURA - TRABALHO EM PÉ SOBRE ESFORÇO

O trabalho em pé, por si só exige um maior esforço, mas o trabalho em pé por tempo prolongado, normalmente uma noite inteira, proporciona o risco precoce no aparecimento de varizes nos pés e pernas, dores ou lesões na região lombar, sensações dolorosas nas superfícies de contatos articulares, devido ao peso do corpo. Não podemos esquecer que o trabalho em pé provoca um esforço extra de mais de 30% de pressão sobre a coluna do trabalhador. Segundo Nachemson e Elfstrom em estudo realizado em 1970, a posição em pé parada além de ser altamente fatigante, exige muito trabalho de musculatura envolvida para manter essa posição e obriga um esforço extra do coração que encontra maior resistência para bombear o sangue para as extremidades do corpo.

STRESS E BURNOUT

A necessidade do dj se afirmar, treinar, trabalhar e pesquisar, além do barulho ao qual é exposto, acaba resultando em níveis elevados de stress.

Talvez o termo BURNOUT não seja conhecido, mas é real! A maior parte dos DJs sofre desta síndrome, conforme podemos observar nas reações dos profissionais no dia a dia. Quem não conhece um DJ que se queixa de dor na cabeça e distúrbios de sono, posturas ou reações de exaustão, isolamento e ou dedicação excessiva ou total à profissão já que ela é a única fonte de auto-estima.

Bom pessoal, claro que eu não estou aqui dizendo que os DJs tem que deixar de ser DJ, mas sim chamando a atenção de que ninguém é um Super-Homem ou Mulher-Maravilha. Todos estão expostos a sérios riscos e por isso é necessário pensar no futuro. Com isso outra pergunta me vem à cabeça: Como amenizar os riscos à saúde ligados à profissão de DJ?

É o que vou tentar descobrir para informar a todos. Depois falam por ai que todo mundo é DJ, não é bem assim não, tem que ter muita GARRA!

Abaixo os link dos sites contendo todas as informações completas sobre o que eu mencionei acima.

Fontes:

- Site APDJ - Associação Portuguesa de DJs - http://www.apdjs.pt/index.php
- Site Publico - http://www.publico.pt/


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Diga NÃO!

Entrevista com Alexander Rey Hunt

Pessoal, abaixo a última entrevista do primeiro ano de vida do Blog I'm a deejay. Agradecemos a todos os DJs que participaram e que nos contaram um pouco das experiências vividas durante o exercício da profissão.

O Blog I'm a deejay encerra este primeiro ano com mais um nome de peso da cena nacional. Alex Rey Hunt nos contará como iniciou a carreira e o que pensa dos rumos que a profissão está tomando no Brasil.



É só clicar e ouvir.

Primeira Parte



Segunda Parte


Terceira Parte

sábado, 15 de outubro de 2011

Próxima Entrevista do Blog I'm a deejay

Pessoal, está chegando a próxima entrevista do Blog I'm a deejay. Poderemos ouvir, isso mesmo OUVIR, a partir do dia 01 de novembro as dicas e histórias de Alex Rey Hunt. Fiquem ligados!!!

E para quem ainda não leu a entrevista do Dj e Produtor Igor E-Cox, não deixem de conferir. Ele nos deixou muitas dicas, além de informações interessantes sobre sua carreita.

Abraços!!! 

sábado, 1 de outubro de 2011

Entrevista com DJ e Produtor Igor E-Cox

Igor, quanto tempo de estrada como DJ? 
Sou musico desde os 14 anos, toco bateria profissionalmente ha 15 anos. Como musico ja toquei com artistas como : Guilherme Arantes, Família Lima e Sandy & Junior, Patrícia Marx, Fernanda Porto, Frejat, Aretha Marcos, entre outros artistas. E estou na estrada como Dj/Produtor musical ha 4 anos.

 
Como se deu conta de que queria ser DJ e como foram seus primeiros passos? 
Comecei na musica eletronica tocando bateria e percussão acompanhando Djs como Julio Torres, Renato Cohen, Patife, etc. Comecei a produzir musica eletrônica e tocar quando montei o projeto E-COX Live juntamente com a minha irma Kika Willcox.

E a produção musical, quando surgiu na sua carreira?
Ha algum tempo mesmo antes de produzir musica eletrônica eu ja trabalhava com produção musical para bandas em estúdios e shows.Quando eu entrei na musica eletrônica acabei focando e me especializando nessa vertente.

Em sua opinião o que é mais fácil, um DJ se tornar produtor ou um produtor se tornar DJ?
Isso e muito relativo, pois nem sempre um bom produtor é um bom Dj quando esta comandando a pista e nem sempre um Dj que estuda para ser produtor consegue transformar suas ideias em musica. 

Ser produtor da maior credibilidade na carreira de DJ?
Sim, com certeza.Como por exemplo o fato de ser produtor fez com que eu fizesse um remix oficial para a banda Jota Quest, assim como tenho muitas produções executadas por djs de todo o pais e exterior. Isso da muita credibilidade e respeito na cena.

E como tem sido a reação do publico quando seus trabalhos tocam na pista?
Não so a reação do publico como a dos Djs tem sido extremamente positiva com as minhas produções e é muito prazeroso ter esse retorno. 
Como é trabalhar em família? É mais fácil trabalhar com a esposa ou com a irmã? 
Hahahah pergunta interessante!!! Trabalhar em família é maravilhoso, nada como estar com as pessoas que você ama e confia trabalhando ao seu lado. Trabalhar com a minha irmã (Kika Willcox) é muito legal, nos entedemos fácil musicalmente. Trabalhar ao lado da esposa (Dj Audrey) é um sonho pois além de nos entendermos em todos os aspectos, somos da mesma profissão o que facilita muito no entendimento do dia a dia. O respeito para ambas as situações é a chave para o perfeito estado de harmonia e relacionamento.
 

 
Aproveitando o embalo, fale mais sobre o projeto E-COX Live e o selo WeW records.
O Projeto E-COX Live é um projeto de house music e vertentes formado por mim e minha irmã Kika Willcox. Eu faço as produções musicais do projeto e a Kika canta e compõe letras paras as nossas tracks. Ao vivo atuo como Dj,toco synths e percussão e a Kika canta.Fizemos muitos remixes também executados por DJs de todo o Brasil e exterior como as musicas : Other Side (Red Hot Chilli Peppers), Good Life (Inner City), Enjoy the Silence(Depeche Mode), I’m Free(The Soup Dragons),etc. Recentemente fiz um remix oficial para a banda Jota Quest da musica “ É Preciso” que ja esta sendo executada nas baladas e rádios de todo o pais.

A WeW Records é um selo que tenho em parceria com a minha esposa Dj Audrey onde lançamos tracks de vários produtores da cena nacional e internacional. Voces podem conferir melhor em http://wewrecords.wordpress.com

Qual foi o local onde realmente te fez bem tocar?
Dificil falar de um especificamente, mas Virada Cultural(SP), Parktronic (Sao Jose dos Campos) e Aero Caldas(Caldas Novas-GO) foram umas das festas que marcaram para o E-COX.

E hoje, se pudesse escolher onde gostaria de tocar?
Acredito que uma tour internacional seria o nosso objetivo. Ja tive oportunidade de viajar para fora tocando bateria, mas com o projeto E-COX seria um sonho a se realizar, ja estamos negociando essa tour para 2012.

Tem algo na profissão de DJ e Produtor que lhe incomoda? O que e por quê?
A instabilidade da profissão e a falta de um órgão que regulamente e faça com que o Dj tenha alguns requisitos mínimos para exercer a profissão, É como o advogado ser obrigado a ter a OAB para poder trabalhar.

Podemos aguardar novidades para o futuro? Pode adiantar alguma coisa?
Para quem me acompanha nas redes sociais esta sempre a par das novidades...desde a cada nova produção que lanço como novas parcerias e festas. Tudo esta em constante crescimento.Um dos planos para o E-COX é um álbum somente com produções próprias para 2012.

O que recomenda aos jovens que iniciam agora a carreira de DJ e/ou Produtor?
Estudem muito e tenham a mente aberta principalmente se desejam viver dessa profissão.




Para finalizar, que mensagem gostaria de deixar aos internautas que vão ler sua entrevista?
Gostaria de agradecer a todos e ao blog I’m a Deejay pela entrevista e também gostaria de dizer a todos que a musica é algo muito grande independente do estilo. Acreditem nos seus sonhos mas lutem e dediquem-se para que eles se tornem realidade.

Quem quiser conhecer um pouco mais do meu trabalho : http://soundcloud.com/ecoxlive .

Sucesso a todos!!!
Facebook: http://www.facebook.com/ecoxlive
MSN: e-cox@live.com
Blog: http://ecoxlive.blogspot.com
Twitter: http://www.twitter.com/ecoxlive
Videos: www.youtube.com/ecoxlive
Music: http://soundcloud.com/ecoxlive

Bookings
Te: (55)(11) 99409330
Tel: (55) (11)95067210
Tel: (55) (11)77241308 id: 120*5097


sábado, 24 de setembro de 2011

Próximas Entrevistas!!!

Pessoal fiquem ligados no Blog I'm a deejay, pois já estão confirmadas a entrevistas dos meses de outubro e novembro. Os DJs contarão um pouco sobre o inicio de carreira, os obstáculos enfrentados, o que pensam das mudanças no mercado, como lidam com as dificuldades e claro deixarão várias dicas sobre esta profissão fantástica!!!


DJ Igor Willcox

DJ Alexander Rey Hunt

Acessem, comentem e perguntem, este espaço é de todos!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Entrevista com o DJ Nedu Lopes


Nedu, a grande maioria das pessoas já sabem que você é DJ há mais de 20 anos, mas poucos sabem como você se tornou DJ, nos conte um pouco do seu início.
Aos 14 anos, em 1989, comecei a me interessar por música, mais especificamente House, ouvindo uma rádio em BH que se chamava 107FM Radioativa. No mesmo ano ganhei de presente um toca-disco bem simples, passei a comprar discos e comecei a tocar em festinhas de amigos e parentes.

Quem foram os DJs que lhe influenciaram no inicio de carreira?
Bem no início dos anos 90 os DJs que eu mais admirava, e ainda admiro, eram DJ Marcelo Memê Mansur e DJ Cuca.

Teve oportunidade de conhecer algum pessoalmente? E como foi?
Conheci pessoalmente o Memê. Já tocamos juntos. Super gente-boa! O Cuca eu só conversei poucas vezes pela internet.

Durante esses 20 anos que mudanças na profissão lhe chamaram mais atenção? Cite pelo menos uma mudança boa e uma ruim, que em sua opinião pode levantar ou derrubar o DJ atual.
Acho que uma mudança muito boa, que veio salvar os DJs que preferem tocar com o formato vinil, foi a invenção do Time Code. Considero a mais significativa revolução na discotecagem. Mas o mesmo avanço tecnológico que veio beneficiar os DJs de verdade, também ajuda os oportunistas que atacam de DJ. Na época em que o DJ só tocava com vinil, não dava pra tirar onda. O cara tinha que aprender a tocar. Hoje a tecnologia permite facilmente que uma pessoa finja que está tocando e na maioria dos lugares grande parte do público nem vai notar.



 
Em uma entrevista você definiu seu estilo musical como eclético, scratch e efeitos, como você traduz isso no seu dia-dia de DJ?
Eu não sigo uma linha única de som. Toco em festas de Hip Hop, em clubes de música eletrônica e em raves. E gosto dessa variação. Em qualquer lugar o que toco é o que gosto, independente do estilo. E sempre gosto de fazer scratches e usar efeitos nos meus sets.

O que mais irrita Nedu Lopes no mundo da discotecagem e por quê?
Não me irrito facilmente. Nem com pedidos de música enquanto estou tocando, mas é bem desagradável quando aparece gente sem noção na cabine insistindo pra tocar funk, por exemplo.

Você acha que o DJ profissional é pouco valorizado no Brasil? Se sim o que você acha que pode ser feito para mudar essa situação?
O ideal seria que fosse uma profissão mais organizada, consequentemente seria mais valorizada. É uma questão complexa. Porque você pode dizer que os oportunistas atrapalham o mercado. Mas a culpa então é de quem dá espaço para eles (promoters e donos de clubes). Mas aí eles vão dizer que esses “fake DJs” atraem público. Daí a culpa seria do público. No final das contas acho que é mais uma questão cultural. A música eletrônica, mesmo após a grande difusão que teve no final dos anos 90 e começo dos 00, ainda é uma música marginal no cenário brasileiro. A música de massa aqui é o sertanejo, samba, forró e axé. O que nós DJs temos que fazer é continuar trabalhando sério.

E o resultado obtido por você na Batalha Internacional, Red Bull Thre3Style, te deu maior destaque na profissão? O que mais mudou na sua vida de DJ com seu vice-campeonato?
Com certeza deu um destaque sim. É um título que me deu uma boa repercussão tanto no Brasil quanto fora. Acho que o que mais mudou na minha vida foi meu próprio ânimo para continuar trabalhando.


E o que todos nós podemos esperar do DJ Nedu Lopes do futuro? Quais são os projetos?
Pretendo continuar tocando meus dois projetos mensais, o Spacelab e o Bring Ya Booty. Devo lançar em breve duas tracks pelo novo selo Paradise. E este ano pretendo defender meu título no Thre3Style.

O que recomenda aos jovens que iniciam agora a carreira de DJ?
Busquem conhecimento! Valorizem a essência do DJ. Não é só chegar na cabine e ficar tocando música bombação e levantando os braços que nem Tiesto. DJ é músico! Tem que entender de música. E tem que saber mixar direito!


Para finalizar, que mensagem gostaria de deixar ao seu publico em geral?
Agradeço a você pela oportunidade dessa entrevista e a todos que gostam do meu trabalho. Para ficar sabendo de novidades, datas, músicas, sets, vídeos e meus contatos, tem tudo no meu site www.djnedulopes.com. Obrigado e um abraço a todos!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

DJ David Guetta lança novo disco!


De Rihanna a Estelle, de Snoop Dogg a Will.I.Am, de Jennifer Hudson a Jessie J. Pouca gente consegue reunir tantos astros da música pop mundial como David Guetta, que lança seu novo álbum essa semana o Brasil (preço médio: R$ 49,90). "Nothing But The Beat" (algo como "Nada Além da Batida") traz dois discos.

Confira a matéria completa no link abaixo:

http://www.band.com.br/entretenimento/musica/noticia/?id=100000452988

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

domingo, 21 de agosto de 2011

O artista da noite

Pessoal, abaixo matéria do site O POVO Online falando um pouco sobre a profissão de DJ no estado do Ceará.


Fonte: O POVO Online/OPOVO/Empregos
Por: Gabriela Ramos

O DJ pode ganhar entre R$ 50 e R$ 1 mil em uma apresentação, variando com o tipo de evento e com a qualificação do profissional

20.08.2011| 16:00


Quem nunca teve vontade de poder trabalhar curtindo uma balada e ainda ganhar muito bem por isso? Contratado para se apresentar em noites de festa, o DJ é um profissional que deve estar atento à música e à tecnologia. Há 15 anos como DJ, o produtor e programador musical Guga de Castro afirma que o diferencial nessa profissão pode vir a partir de uma formação cultural e educacional qualificada, além do conhecimento das técnicas dos equipamentos utilizados durante as performances.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Guga foi autodidata no início da carreira como DJ, ainda no tempo da faculdade. “Eu ia colocando o som de uma forma amadora, nas festas do curso, mas depois eu fui me profissionalizando”, diz. Para quem está começando, a dica de Guga é não levar o trabalho apenas como hobby e investir em diferenciais.

“Ter conhecimentos culturais abrangentes pode ser importante para ocupar espaço na profissão, o que não é tarefa fácil”, comenta. Ele também destaca que é fundamental não se envolver com o “mundo da noite e da bebida”.

Retorno financeiro

O trabalho como DJ pode dar um bom retorno financeiro, segundo Guga. Ele destaca que Fortaleza tem potencial econômico e uma indústria de eventos em boates, bares, festas de empresas e casamentos que necessita de DJs. Definir uma média de salário na área ainda é difícil, pois os valores podem variar com o profissional, o evento e a duração da apresentação. De acordo com Guga de Castro, DJs mais antigos podem cobrar cerca de R$ 1 mil por três horas de apresentação.

Quem está começando pode conseguir entre R$ 50 e R$ 150 por cerca de 50 minutos, como é o caso de Márcio Mathers, estudante de Publicidade e Propaganda da UFC. Amante de baladas, segundo ele, o fato de sempre frequentar as mesmas boates e se destacar nas festas foram fundamentais para ser convidado a escolher as músicas da noite.

“Comecei em uma festa estilo livre, em que pessoas eram chamadas para tocar. Assim, tive contato com profissionais experientes que me ensinaram a usar os equipamentos”, diz. Ele afirma que logo que tiver mais tempo, irá buscar se especializar em cursos de formação na área.

SAIBA MAIS CLICANDO NO LINK ABAIXO.

http://www.opovo.com.br/app/opovo/empregos/2011/08/20/noticiaempregosjornal,2281391/artista-da-noite.shtml

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ser DJ é ser apaixonado!

Somente uma profissão como essa é capaz de fazer os extremos serem igualmente apaixonados. Deixando a técnica de lado por um momento eu consigo entender um dos motivos pelo qual essa profissão chama a atenção das pessoas, "pura diversão" tanto para uma criança quanto para um senhor. Isso só aumenta a minha certeza de que possuímos a obrigação de respeitar essa profissão maravilhosa e quem a faz ser amplamente reconhecida. Vamos trabalhar com seriedade, pois a profissão por si só já é uma diversão!!!

Vejam os vídeos que ilustram a paixão em ser DJ!





segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Entrevista com a DJ Maysa Moura!

Maysa quando você percebeu que queria ser DJ?
Sempre gostei de musica desde pequena, fazia aula de canto e coisas relacionadas a arte como teatro, além disso tenho irmãs mais velhas então desde 6 anos de idade escutava junto com elas vinil de musica eletrônica e quando comecei a freqüentar as baladas me encantei pelo trabalho dos DJs!

Quanto tempo de profissão? Qual foi sua maior dificuldade no inicio da carreira?
Sou DJ profissionalmente a 9 anos. Minha maior dificuldade foi conseguir ter como profissão apenas a minha carreira de DJ, pois sou jornalista e conciliava as duas coisas, alias as 3 por que também sou atriz, mas depois que ganhei meu espaço no mercado optei por seguir firme como DJ.

Você acredita que a sensibilidade feminina é uma vantagem na condução de uma pista?
Eu acho que a sensibilidade varia de pessoa para pessoa tem mulheres com sensibilidade maior e outras menor, assim é com os homens também, mas as pessoas que tem um feeling apurado conduzem a pista bem melhor independente de ser homem ou mulher. Na minha opinião o que as mulheres tem a mais é charme (rs).

E o mercado, ainda é muito machista?
Nunca sofri preconceito por ser mulher, porém quando comecei tinha muito menos mulher tocando do que hoje. Acho que agora tem muito mais e com um reconhecimento e um espaço maior, mas mesmo assim a maioria dos Djs são homens.

Do seu inicio para cá, que mudança no cenário mais lhe chamou a atenção?
O glamour que se criou em cima da profissão e o reconhecimento desse trabalho a ponto de muitas pessoas quererem seguir essa carreira, além de um número maior de DJs começarem a produzir.

Em sua opinião o que o mercado pode trazer de benefício e malefício para o DJ?
O ambiente em que trabalhamos é muito divertido, não existe rotina, viajamos bastante e damos alegria e diversão para as pessoas. O ruim é não termos décimo terceiro, férias e nem fundo de garantia.


Hoje a música eletrônica pode ser tocada em qualquer região do país?
Pode sim, já toquei em muitos Estados e em todas as regiões e sempre tem um público bacana que curti música eletrônica, a cena cresceu muito e já garantiu seu espaço. Difícil hoje em dia ter uma cidade onde não tenha uma balada, pelo menos uma rádio que toque eletrônico ou festas do gênero.

Qual a sensação de estar entre os 100 tops DJs do Brasil e ser considerada um das melhores DJanes?
Fico feliz que meu trabalho seja reconhecido, pois sempre batalhei bastante e faço tudo com muito amor e dedicação, enfrentando sempre todas as dificuldades e nunca desistindo, sempre acompanhando as exigências do mercado.

Quais as vertentes da música eletrônica tocadas por você?
House Music

Comente um pouco sobre suas produções musicais. O que o publico pode esperar?
Me apaixono cada vez mais pela produção, tenho algumas tracks com remix de grandes nomes da cena como Mora e Naccarati, 2Fuel e Grego, além de algumas parcerias com o Anthony Garcia e 2Fuel tb. Minhas tracks são lançadas pela Building Records uma das maiores gravadoras de musica eletrônica da America Latina. Já fiz remix para um nome forte da cena mundial o Paul Oakenfold e esse ano vai sair mais uma track minha com remix bacana aguardem.

O que recomenda para as garotas que iniciam agora a carreira de DJ?
Muita dedicação, seriedade e pesquisa musical. Se mantenham sempre atualizadas e freqüentem os melhores lugares do gênero que vocês pretendem seguir. E não esqueçam nunca a pista é sempre o seu termômetro.

Para finalizar, que mensagem gostaria de deixar aos internautas que vão ler sua entrevista?
Desejo a todos vocês muita musica boa e muitas baladas com uma mega vibe.

sábado, 23 de julho de 2011

O primeiro DJ do Brasil!!!

O vídeo abaixo é um trecho do documentário Maestro Invisível que fala sobre a vida do Sr. Osvaldo, o primeiro DJ do Brasil!!!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Fiquem ligados nas próximas entrevistas do Blog I'm a deejay!!!

Pessoal fiquem ligados no Blog I'm a deejay, pois até o final deste ano teremos entrevistas com grandes nomes contando um pouco sobre o inicio de carreira, os obstáculos enfrentados, o que pensam das mudanças no mercado, como lidam com as dificuldades e claro deixando várias dicas sobre esta profissão fantástica!!!

Alguns nomes já estão confirmados e são eles:

DJ Maysa Moura


DJ Nedu Lopes

DJ Igor Willcox

 

DJ Alexander Rey Hunt

Acessem, comentem e perguntem, este espaço é de todos! 

Uma mesa de jantar somente para DJs!!!

Pessoal vejam que bacana a mesa no vídeo abaixo. O efeito visual é muito legal!!! Claro que isso nunca seria uma mesa de jantar, pois na minha opinião não haveria espaço para os pratos e talheres.

terça-feira, 12 de julho de 2011

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Entrevista com a Dj Audrey

Audrey como foram seus primeiros passos? 
Comecei a trabalhar cedo com casas noturnas, aos 14 anos, como telemarketing em clubs e a partir daí fui hostess, assistente de produção e organizadora de eventos. Em 2003 organizava uma balada em São Paulo toda quarta feira muito conhecida na época, o Psybreja. O interesse em ser dj já existia desde adolescente e quando comecei a organizar essa balada o contato com amigos DJs passou a ser diário, daí o processo para me tornar uma DJ acabou sendo natural rs... Meu sócio era DJ e me ensinou a tocar, fazíamos back to back no começo. Quando me senti mais confiante comecei a tocar sozinha e alguns anos depois me aprimorei fazendo curso de performance no vinil com o Dj Alex Hunt.

O fato de ser mulher dificultou ou facilitou seu inicio de carreira? Porque?
Quando comecei não tinham tantas mulheres quanto hoje, então a DJ mulher ainda era novidade. Me ajudou sim, mas também muita gente torceu o nariz. Tive que provar que sabia o que tava fazendo.
 
Qual seu estilo musical e por qual motivo o escolheu?
Tech house. Porque gosto de tocar um som para a pista, com “pegada” mais groovada, bem dançante. O tech house tem todas essas características!

Onde mais gostou de se apresentar e porque?
Ahh,essa pergunta é difícil.. Muitos clubs e eventos marcaram minha história... como o Camarote da Ferrari na Formula 1, Lounge Phillip Morris do São Paulo Fashion Week, a tour que fiz em 2010 em alguns clubs da Europa, Virada Cultural, D.edge, Universo Paralello e muitos outros.. Não existe um preferido. Todas as baladas que já toquei foram importantes e contribuíram para o meu crescimento.

O público tem recebido bem o crescimento da musica eletrônica? Na sua opinião em qual região do Brasil isso é mais visível, fora São Paulo?
Sim, com certeza! Antigamente só víamos multidões cantando junto com seus ídolos de grandes bandas de rock, pop e sertanejo aqui no Brasil, não é mesmo? Hoje em dia DJs atraem multidões, graças a esse crescimento. Viajo muito pelo Brasil e pude perceber que a região Centro Oeste é a que mais cresceu nesses últimos tempos. Festivais com grandes nomes internacionais e nacionais são vistos com freqüência por lá.

O que mais te incomoda em uma noite de trabalho?
Gente bêbada e inconveniente.

O que mais lhe deixa satisfeita em uma noite de trabalho?
Mãos para o alto. Quem é DJ sabe a sensação mais que prazerosa de pegar uma pista calorosa, que interage com você do começo ao fim.

Tem algo na profissão de DJ que lhe incomoda? O que e por quê?
A banalização da nossa profissão, pois não existe nenhum critério e requisito obrigatório para a pessoa atuar como DJ. Hoje em dia qualquer pessoa, sem o mínimo conhecimento, pode “acordar dj” ! rs...

Existe algum projeto em que está envolvido? Qual?
Sim, tenho um projeto novo que é o SAXY junto com o saxofonista Edu Amaral. Estou muito feliz e satisfeita com todas as apresentações que já fizemos e o feedback está sendo muito positivo. Quem quiser dar uma olhada nos vídeos tem bastante coisa nossa no meu canal do youtube: www.youtube.com/djaudreyvideos.

Possuo também um label em sociedade com o meu marido Igor Willcox (projeto E-cox), a WeW records, onde lançamos as músicas principalmente de produtores nacionais. Inclusive convido todos os leitores do Blog que são produtores de house e vertentes a enviarem suas demos para o wewrecords@gmail.com. Tenho outros projetos para o futuro próximo, pois estou fazendo aulas de produção com o meu marido e pretendo começar em breve minhas aulas de canto. Vem novidade por aí! :)
 

O que recomenda aos jovens e principalmente as meninas que iniciam agora a carreira de DJ?
Estudem, pesquisem, façam cursos e tentem se aprimorar a cada dia. Se respeitem, mostrem e provem para todos que vocês são talentosas e que merecem estar ali, não pelo seu corpo ou pelo seu rosto, mas sim pelo seu talento e empenho.


Para finalizar, que mensagem gostaria de deixar aos internautas que vão ler sua entrevista? 
Gostaria de agradecer aos leitores, ao Blog I’M A DEEJAY e a todos que acompanham o meu trabalho! Quem quiser ouvir e baixar os meus sets: www.soundcloud.com/djaudrey e para acompanhar os meus projetos de perto, participem da minha Fan Page: http://www.facebook.com/audreydeejay
Contato para bookings: www.touchsky.com.br

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Galera vamos nos valorizar!!!

Eu vi este vídeo na página do SINDECS no Facebook e achei oportuno postá-lo aqui no Blog I'm a deejay, pois ao mesmo tempo em que ele nos faz rir também nos obriga a refletir sobre uma situação cada vez mais comum no meio da discotecagem. O vídeo foi postado pelo DJ Héberton Pereira para o qual dou os parabéns pela iniciativa e alerta.


DJs valorizem seus trabalhos, não façam preços baixos ou altos, mas o justo. Não deixem que terceiros desfaçam do esforço de cada um de vocês. Tem um velho ditado que diz, todos sabem as cachaças que eu tomo, mas não sabem os tombos que eu levo. Fiquem atentos e não trabalhem de graça ou quase isso!!!

domingo, 12 de junho de 2011

Uma música chamada São Paulo. Vale a pena conferir!

Vejam o que o DJ Felipe Venâncio aprontou com os ruídos da cidade de São Paulo.

Parte 1 - a captação dos ruídos.


Parte 2 - a produção e o resultado final.


sexta-feira, 10 de junho de 2011

Mais uma matéria sobre a profissão de DJ. VEM COMIGO!

Seguindo a linha do último post, segue mais uma matéria sobre a profissão de DJ, mas agora no programa Comando da Madrugada. VEM COMIGO!
Parte 1


Parte 2


Parte 3


Parte 4

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Um pouco de História. Vale a pena conferir!!!

Pessoal vale a pena conferir abaixo reportagem exibida pelo Fantástico em 1992 referente a profissão de DJs. Muito legal!!!

Parte 1

Parte 2

Parte 3


sexta-feira, 3 de junho de 2011

A próxima entrevista do Blog I'm a deejay será simplesmente um CHARME!


Dj Audrey é um dos principais nomes da cena house no Brasil. Seguindo uma linha de som altamente dançante, a DJ alinha sua técnica de mixagem agressiva a uma presença de palco marcante e charmosa. Com muita pesquisa musical e talento, a DJ conquistou fama e reconhecimento especializando-se em Tech House e vertentes do House.

Isso e muito mais você poderá conferir na próxima entrevista do Blog I'm a deejay que vai ao ar no dia 01/07.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Entrevista com Dj Alex Andrade

Alex, porque DJ e não outra profissão qualquer?  
Rsss..., várias pessoas já me fizeram essa pergunta, então vamos lá. Graças ao bom Deus minha família pode me dar uma boa formação e pude concluir vários cursos como: mecânica têxtil, desenho arquitetônico, processamento de dados e por aí vai uma lista. Com qualquer dessas profissões eu conseguiria me manter tranquilamente, mas quantas pessoas você conhece que podem dizer "ganho minha vida fazendo o que mais gosto de fazer" são poucas!

Adoro ser DJ, talvez eu estivesse economicamente melhor em outra profissão mas não teria a satisfação pessoal que tenho.

Como foram seus primeiros passos?
Foram difíceis, pois quando comecei o mercado era muito diferente, tudo custava muito caro , equipamentos, discos e revistas especializadas eram todas importadas, DJs só existiam em boates e apenas um em cada.

Era um mercado fechado com pouquíssimas oportunidades, então quem queria tocar tinha que ser COMPLETO com domínio total das técnicas d mixagem, dicção pois falávamos bastante ao microfone e informação que na verdade era o mais difícil.

Hoje a informação é instantânea, antigamente esperávamos até seis meses para tocar uma música e quem tocava primeiro fazendo o lançamento se destacava.

Comecei com 14 anos na pista de verão da Associação em Taubaté, passei pelo salão principal e muito depois fui ser o DJ na Phaéton Espetáculos e daí adiante foi só alegria (rsrs...) com Estrutura, Revolution, Definition e Divina entre outras.

Para quem quiser saber de todo o meu começo de carreira, por favor, visite o site: www.myspace.com/alexandradedj

Quem foi seu principal tutor no seu inicio de carreira?
Procurei me espelhar nos melhores, o primeiro DJ que vi tocando foi o Beto Pista, fiquei fascinado em como ele dominava os toca-discos e toda aquela gente à sua volta , depois vi o Batata (Ricardo da High Tech) com seus decks Akai, sempre ouvia os programas de rádio com Garrote , Ben Hur e Valtinho Bernaca (Hot 103), Julinho Mazei (Radio Flight) , Marcelo Paixão (By Night) esses eram “os caras” e eu procurava ser como eles.

Mas os principais tutores foram com certeza Paulo Couto que além de me ensinar as técnicas necessárias também me ensinou a enxergar a atividade “discotecar” com o profissionalismo correto e o Luíz Carlos Phaéton (esse não era o sobrenome dele rsrs...) que tinha uma visão de noite que hoje em dia quase vinte anos depois ainda não vi ninguém ter. Ele ensinou como me comportar em uma cabine e também a enfrentar as várias dificuldades que uma carreira de aparente glamour pode trazer.

Já que estamos falando de tutores não podia deixar de falar do Luíz Mauro que me fez tomar gosto e estudar os flashbacks.

Faria alguma coisa de diferente se estivesse começando sua carreira agora?
Acho que não, cometer erros faz parte de qualquer evolução, tanto de uma carreira como de uma pessoa. Sempre tive a humildade de reconhecer que não sou o melhor, portanto hoje em dia faria o que fiz lá em 1987, treinaria muito, estudaria muito e respeitaria quem está há mais tempo na profissão, isso é essencial a qualquer um que queira vencer. 

Phaéton, o que essa casa significou para você? E porque o que era tão bom acabou?
Certa vez em uma entrevista de rádio eu disse que a Phaéton não era uma boate convencional, tinha todo um clima cultural de vanguarda exercido pelos profissionais que lá trabalhavam, assim quando apareciam artistas para os quais todos torciam o nariz por serem diferentes, lá eles eram contratados e tornavam-se sucesso.

Havia espaço para curtir JAZZ, BLUES ou MPB, degustar um bom prato em uma cozinha internacional e depois se soltar na balada, aquilo era DEMAIS. Você assistia a uma peça de teatro e depois curtia um show internacional.

Na Phaéton aprendi tudo com os melhores, Carmola, Chico Galvão, Beto, Tony, Luizão, Letícia, Maria Silvia, Julio Herner, Cássio, cada um deles tinha excelência em profissionalismo na sua área.

Sendo assim a Phaéton para mim foi a base de conhecimento que uso em minha carreira, posso dizer que sinto muita saudade daquela época.

Acho que nada é para sempre e depois de sete anos as pessoas desse time tinham que trilhar seus próprios caminhos deixando a casa vulnerável a fatores gerenciais, econômicos e de outras ordens.

O público daquela época ainda acompanha seu trabalho? Ele evoluiu como o cenário da musica?
Os que tinham quinze anos de idade na época hoje possuem trinta e assim por diante, até hoje encontro muitas pessoas que falam com saudosismo do passado, mas curtindo o som da atualidade , o cenário da música muda mas o legado fica , os momentos que foram ou são marcados por determinada melodia ficam para sempre em nossas memórias.

Todo ano na semana do meu aniversário faço uma festa para celebrar os momentos que ficaram marcados pela música na vida das pessoas que acompanham meu trabalho, uma noite com as melhores dos anos 80 e 90 onde as pessoas podem reviver sons e emoções é sensacional.

Quem sabe no futuro faremos festas dos anos 2000 para essas mesmas pessoas. Tomara que sim. (rsrs...)

Na sua visão os DJs da nossa região estão acompanhando a evolução do mercado? 
Claro que sim, o Vale do Paraíba sempre foi considerado um dos pólos da dance music no Brasil. Antes os DJs precisavam mixar bem e estarem informados, hoje só isso não basta, pois com as maravilhas tecnológicas que já mixam para você e a internet a informação chega a todos ao mesmo tempo.

Os DJs do Vale são conhecidos por sua habilidade tanto em performance quanto em pista, exemplos disso são Marcelo Paixão e Alex Cristiano ambos contemplados como “entre os cinco melhores do país” pelo DMC. A evolução dos DJs do Vale chega ao ponto de termos grandes produtores de nível global, o meu remix do single Becoming Insane saiu no álbum europeu de remixes da banda Infected Mushroom, as músicas de André Bastos e Mac DJs da nova geração já estiveram entre as dez mais do beatport.com, Paulo Couto tem músicas em seu soundcloud comentadas por ícones mundiais da house music, o DJ Zee tem um projeto chamado Azee Project com músicas publicadas por grandes selos europeus, e por aí vai, Eduardo Reis, Marcelo Tromboni, Brazilian Soul Crew, Yellow Smoke, Christian Simon e muito mais, todos com produções e discotecagem de primeiríssima, é acho que estamos atualizados e bem representados no cenário mundial da dance music.

Existe espaço para tantos DJs no vale do Paraíba? 
Com certeza há!! Os melhores profissionais do Vale estão em plena atividade, e os novos DJs que encaram a profissão com seriedade estão conquistando seus espaços. Hoje em dia os DJs não estão presos as casas noturnas, existem eventos dos mais variados no quais eles podem atuar e assim o mercado absorve a mão de obra especializada.

Quais as vertentes da música eletrônica tocadas por você?
Sou houzeiro por natureza , sempre fui e quem me conhece sabe , digo isso porque virou moda dizer que toca house. Gosto muito de versões bem produzidas de sucessos pop, e quando gosto eu toco, pois acho que todo DJ tem que ter personalidade.

Tem algo na profissão de DJ que lhe incomoda? O que e por quê?
E como tem rsrs...
Sempre digo que uma pessoa pode prejudicar a outra por ingenuidade ou maldade, em ambas a pessoa tem culpa. Sou radical, às vezes taxado de chato, mas a verdade é que gostaria que os outros enxergassem a profissão com o respeito que ela merece. Existem várias situações desconfortáveis na profissão, mas a pior de todas é a falta de respeito com o DJ, pois ele não tem culpa se a casa não está cheia, se o contratante não conhecia seu trabalho ou se o equipamento era de péssima qualidade e ele não rendeu tudo que podia.

Outro dia aconteceu algo até então inédito comigo, combinei horário, cachê, avisei um mês antes que tocaria em outra casa e perguntei se tinham certeza que queriam me contratar, FINAL DA ESTÓRIA:
- cheguei 02h30min;
- fui impedido de tocar pela administração;
- os que foram não me viram tocar;
- ahhhh e não pagaram meu cachê rsrrsr...
Evidente que a casa estava em total decadência e fechou há algumas semanas.

Então falta de respeito não pode existir!

Existe algum projeto em que está envolvido? Qual?
Atualmente estou envolvido em um projeto de produção musical chamado ALCA PROJECT junto com meu xará Alex Cristiano, onde produzimos remixes, bootlegs e produções originais.

Nós também temos a Classe A uma conceituada empresa de eventos em Taubaté-SP.

O que recomenda aos jovens que iniciam agora a carreira de DJ?
Que trabalhem duro, se esforcem e estudem de verdade, pois mercado está aberto para os que realmente gostam da profissão. Procurem se aproximar dos que tem mais tempo na noite, não só DJs, todos podem lhes fornecer historias de vida que no fim das contas vão fazer diferença. E sejam humildes, pois sempre haverá alguém melhor que você.

Desejo muita sorte a nova geração de DJs, contamos com vocês para manter o Vale no mapa da dance music mundial.

Para finalizar, que mensagem gostaria de deixar aos internautas que vão ler sua entrevista? 
Muito obrigado a todos vocês que tiveram a paciência e a cortesia de ler esta entrevista até o final, vivemos uma era extraordinária onde a informação pode ser difundida e assim aproveitada por todos, continuem sua busca pelo conhecimento e sejam muito felizes!

Com certeza nos veremos em uma pista ou cabine por aí, então até mais amigos.

Abraços,
ALEX ANDRADE.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Próxima entrevista do Blog I'm a deejay!!!


Dia 01/06 todos nós teremos a chance de conhecer um pouco mais sobre o DJ Alex Andrade.

Considerado um dos mais conhecidos DJs na região em que atua (Vale do Paríba - SP), Alex comandou casas que fizeram a história como Phaéton Espetáculos, Estrutura, Revolution Café entre outras.

Com muita competência esse DJ faz sets e produções que misturam várias vertentes da house music. Tudo isso e muito mais sobre o DJ Alex Andrade poderá ser visto, a partir do dia 01/06, aqui no Blog I'm a deejay. Não deixem de conferir!!! 

terça-feira, 17 de maio de 2011

Batalha entre DJs!!!!

Para quem não sabe como surgiram as batalhas entre DJs, segue vídeo que demonstra os primórdios desta pratica.


sábado, 14 de maio de 2011

Diferenças comportamentais entre Homem e Mulher?


Pessoal ao estudar os aspectos comportamentais na gestão de pessoas, coisa de maluco diga-se de passagem, eu me deparei com algumas diferenças comportamentais entre os homens e as mulheres e então pensei, como isso pode influenciar na profissão de Deejay. Claro que o post abaixo é somente uma grande brincadeira e tem o objetivo de divertir todos nós, portanto vamos lá!!!

O homem costuma ser mais frio e a mulher mais emotiva.

Portanto as DJanes tendem a ceder mais aos pedidos do publico e sofrer mais com as críticas recebidas. Já os DJs com sua natureza mais fria, se não tomarem cuidado, podem afastar o publico e não dar a mínima atenção ás críticas, o que pode ser perigoso!

O homem é mais objetivo e as mulheres mais complexas.

Desta forma os DJs tendem a executar o que lhes foi solicitado e pronto! Em contra partida as Djanes se tiverem uma oportunidade tendem a inventar algo fora do planejado.

O homem não gosta de se prender a um relacionamento, já a mulher está mais disposta a isso.

Bom, se assim for, seria as Djanes mais confiáveis no momento de fechar um contrato?

As mulheres preferem passar mais tempo com o companheiro e os homens com os amigos.

Diante disso, podemos imaginar que existe uma grande chance de encontrarmos na cabine de uma Djane seu estimável namorado, noivo ou marido. Já na cabine de um Dj, provavelmente encontraremos um grupo de barbudos bebendo e querendo aparecer mais que o coitado que está ralando de verdade.

Homem não costuma demonstrar afetividade em publico, já a mulher...

Djs cuidado para não ficarem com uma cara fechada ao tocar, pois isso não é nada bom. Façam como elas, sorriam e deixem as emoções fluírem.

E agora, a diferença comportamental mais interessante entre homem e mulher. O homem tem dificuldade de executar duas tarefas ao mesmo tempo, já a mulher...

Enquanto as Djanes aparentemente possuem o poder de mixar com um bebê no colo e ainda falar no microfone, os DJs precisam ter atenção para não abaixar o som para procurar uma musica na case. É pessoal, cuidado nunca é demais, pois todos nós sabemos qual a primeira coisa que um homem faz quando procura um endereço dirigindo um carro, ele sempre abaixa o volume do rádio. Já pensou se essa moda pega nos clubes?

Abraços!!!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Existe uma idade limite para trabalhar como DJ?


O DJ perde sua criatividade quando atinge uma certa idade? Ou será que sua sabedoria e experiência lhes dão algo que os mais jovens ainda não possuem?

Que a vida noturna não é fácil todos nós sabemos, agora resta saber qual é o limite para enfrentar todos os desafios que a noite nos reserva. Qual é o momento certo para se aposentar? Isso é o fim do mundo?

Bom, eu acredito que não, pois quando nós falamos de DJ não podemos falar somente de discotecagem. A vida de um DJ abrange muito mais do que isso, pois além de produzir, os DJs podem assumir programas de rádio, gerenciar agências para novos talentos, ensinar a arte para aqueles que sonham em ser DJ e escrever sobre a profissão, ou seja, há muitas maneiras de se agregar valor à nossa cultura além da discotecagem do final de semana.

Claro que cada um de nós possui um relógio biológico que trabalha em ritmo diferente diante da mesma situação. É o que acontece por exemplo nos campos de futebol, existem jogadores que se aposentam com 35 anos e outros com 40 anos.

Existe ainda o fator grana, pois como já sabemos a profissão de DJ não é reconhecida (ainda) e por esse motivo todos os anos trabalhados não trazem qualquer segurança e benefício na idade avançada, portanto a necessidade de trabalhar acaba falando mais alto.

Então, fazendo de uma longa história uma história curta, a verdade é uma só, os cabeças brancas tem muito a ensinar e os jovens muito a aprender, na minha opinião quanto mais oportunidade nós tivermos de vê-los em ação mais experiência vamos adquirir.

Uma vez DJ sempre DJ!!!

domingo, 1 de maio de 2011

Bruna Surfistinha agora é DJ!!! Noticia cria debate no Facebook.

A noticia de que a Bruna Surfistinha seria agora uma DJ, provocou um grande debate nos grupos relacionadas a profissão de DJ no Facebook, entre eles, I'm a deejay (grupo que represente este blog), Brasil eletrônico e Music Prodution by DJs. O debate traz a tona o problema de que as sub-celebridades, para não cair no esquecimento, acabam se tornando DJs para se manter de alguma forma na mídia e claro, ganhar um "suado" e gordo salário.

Analisando o debate gerado referente à notícia, pensei cá com meus vinis: Mas porque a escolha pela profissão de DJ?

Bom, algumas coisas me vieram à cabeça e outras podem ter fugido dela, portanto qualquer complemento sobre o tema será bem vindo e ajudará a entendermos a questão:


Primeiro: A necessidade de aparecer e estar em destaque. Pelo menos a grande maioria dos seres humanos possuí a necessidade de estar em destaque, desde pequeno somos forçados a ser o destaque, seja no grupo de matemática ou de educação física e a profissão de DJ nos permite estar em destaque e no comando de uma situação e isso é um dos fatores que acabam atraindo as pessoas.


Segundo: Tecnologia. Indiscutivelmente a tecnologia é uma das responsáveis pela grande banalização da profissão de DJ. Como gostaria de ver um novato "famoso" mixar em um toca disco!!! Pessoal, não estou dizendo que sou contra a tecnologia e que os DJs que trabalham com equipamentos modernos não são bons, o que quero registrar é que a facilidade acabou aumentando a procura, já que existem equipamentos que praticamente mixam sozinhos.



Terceiro: O risco para o publico. As pessoas não encaram uma festa com um DJ inexperiente como uma consulta médica com um profissional recém formado. O coitado do médico estudou 6, 7 ou até 8 anos para se formar e quando isso acontece ainda sofre com a desconfiança, mas e o DJ que surgiu ontem? O publico precisa exigir mais dos Djs!!!


Quarto: O contratante. Assim como o publico precisa exigir mais do profissional que é o responsável por parte da sua diversão, os proprietários também precisam policiar as contratações dos DJs. Muitas vezes estão pagando mais caro por um falso profissional.


Quinto: Regularização. A falta de profissionalização e regularização da profissão também acaba atrapalhando. O que é preciso para se tornar um DJ atualmente? Absolutamente nada! É necessário criarmos maneiras de barrar essa banalização e exigir estudo e pesquisa para se tornar um DJ. Hoje se uma pessoa nasce com o dom para ser médico, isso não faz dela um profissional, mas sim toda base de estudo e pesquisa que ela teve ao longo dos anos para tornar aquele dom em uma ferramenta para a humanidade.

Em resumo, eu acredito que o X da questão, não é fulano ou sicrano ser ou querer ser DJ, mas sim como ele se torna um e como o mercado está encarando isso. Precisamos trabalhar forte para corrigir o que na maioria das vezes é uma injustiça com os profissionais que batalham, criam as tendências, divulgam e popularizam estas tendências e na hora de usufruir destas criações, são deixados de lado pelo mercado. Se nós não nos unirmos vai ficar difícil.

Para quem ainda não viu a matéria da revista eletrônica POP é só clicar no link abaixo:

Entrevista com DJ Paulo Couto!!!

Paulo a quanto tempo você atua como DJ? Ha mais de 25 anos....comecei a tocar profissionalmente aos 16 anos e hoje tenho 42 anos.

Como se deu conta de que queria ser DJ e como foram seus primeiros passos?

Eu com uns 13/14 anos já gostava muito de musica e gravava o que ouvia nas rádios. Uma vez um amigo fez uma festa de aniversário na casa dele e não tinha ninguém para tomar conta do som, ele me pediu ajuda e achei isto o máximo, deste momento em diante sempre era chamado para comandar o som das festinhas. Depois das festinhas tive a oportunidade de trabalhar como carregador de caixas de som de uma grande equipe de som da cidade, eles faziam shows e bailes, logo me destaquei e passei a tocar pela equipe. Mais tarde comprei um equipamente e passei a ter a minha própria equipe. Depois disso migrei para as cabines das principais casas no Vale do Paraiba, fui residente por anos. Em 2001 passei a ser free lance onde tive oportunidade de tocar em diversos lugares Brasil afora.

Quem foram os DJs que influenciaram sua carreira de DJ?
Nos anos 90 o DJ Ricardo Guedes era “o cara”, sempre me espelhei no estilo dele, e tenho orgulho de ter tocado com este ícone da música eletrônica.
Quando deixei de ser residente, viajei o mundo, fui para Nova Iorque, Londres, Paris e outros lugares e pirei nas influências undergrounds: John Digweed, Sasha, Steve Lawler, Danny Tenaglia, Paul Oakenfold, Carl Cox (que sou fã de carteirinha).
Musicalmente nos anos 80 eu adorava: Kool & The Gang, Earth Wind & Fire, D-Train, disto para o House automático. Nos anos 2000 fiquei louco com o progressive house dos Labels Hooj Choons, Yoshitoshi, Saw, Junior London, Plastic Fantastic. Hoje adoro o som de Nic Fanciulli, Koen Groeneveld, Stefano Noferini, Umek, etc.

Teve oportunidade de conhecer algum pessoalmente? E como foi?
Sim, falei com alguns. Sempre dou um jeitinho de falar um “Hi!”. Sou fanzasso do John Digweed e conversei com ele numa festa em Londres, foi muito legal. Mas foi com o Paul Oakenfold que tive uma experiência muito bacana, quando ele veio tocar no Brasil pela primeira vez, ninguém nem conhecia trance ainda, levei uma capa de cd dele que tinha trazido numa das viagens, quando mostrei ele ficou surpreso e me autorizou a subir na cabine. Fiquei com ele um tempinho na cabine, apertou a minha mão, agradeceu e assinou “Paul Oakenfold In The Mix!”, quando desci todo mundo me olhava como se eu fosse um velho conhecido do cara. Guardo este cd até hoje. Infelizmente nunca toquei com eles, mas seria muito legal.

Você acha que se estivesse iniciando sua carreira hoje seria mais fácil ou mais difícil?
Muito, muito mais fácil, hoje todo mundo é DJ. E se tiver um minimo de noção de marketing, dinheiro e pique para tocar em um monte de baladas fica conhecido muito rápido. Na minha época não existia nada disso, as casas noturnas trabalhavam apenas com um Dj que fazia som a noite toda, portanto muito menos oportunidade de tocar. Hoje tem festa com vários Djs, se voce for amigo de algum promoter já vai tocando. Dá para tocar em 2 ou 3 baladas numa noite. E outra, hoje é barato ser DJ, basta baixar as musicas e virou DJ, na minha época tinha que comprar discos importados caríssimos.
Mas tenho orgulho da época em que comecei, de ter visto a musica eletrônica nascer, as primeiras Raves, as festinhas underground, nossa quanta coisa que passei.

Na sua opinião quais são as grandes diferenças do mercado passado para o atual e como isso influência?
A Informação é completamente diferente. Nos anos 80 e 90, não havia internet, então todas as informações vinham de revistas importadas ou de ouvir os programas dos Djs da época, como o Rádio Flyght do Júlio Mazzei ou o Ritmos de Boates da Mundial do Rio. Hoje existem inumeros sites, é so baixar as musicas e pronto. Nao sou saudosista de falar que antes era melhor e hoje é pior, eu acho que hoje é muito legal também. Comprar um mp3, baixar e já sair tocando é o maximo!

E o público, também mudou? Em que sentido?
O publico muito mudou sim, no sentido musical até evoluiu, antes todos os Djs tocavam quase que as mesmas musicas e com poucas diferenças, então se destacava o DJ que realmente sabia tocar bem. Hoje o publico curte de tudo, house, techno, eletro etc. Isso é muito bacana, acho até mais divertido tocar hoje do que há 20 anos.
Hoje o publico bomba mais, sai suado da casa, não estão nem ae! Antes não, era todo mundo socialzinho, roupa social, sapato...outros tempos!

E como você descreve o Vale do Paraíba referente ao cenário da música eletrônica e da discotecagem?
O Vale virou um lugar excelente para as baladas, há alguns anos só em São Paulo existiam boas festas, hoje temos boas casas e boas festas o tempo todo. Sempre temos Top Djs tocando por aqui. Temos baladas de Lorena a Mogi das Cruzes e do Litoral Norte á Campos do Jordão. O Vale faz parte da cena nacional. Tem vários Top Djs que atualmente vivem no Vale do Paraíba hoje.
O único problema que ainda temos são os excelentes profissionais aqui residem e trabalham, mas que ainda não são valorizados, tipo: “Santo de casa não faz milagre”.

Quais as vertentes da música eletrônica tocadas por você?
Toco house e suas vertentes, progressive house, tech house e techno. Gosto de tocar musica com groove, com linha de baixo bem marcada e sempre misturo uns flash backs que fizeram parte da minha longa carreira, adoro tocar New Order, Inner City, Jaydee, etc.

Qual foi o local onde realmente te fez bem tocar?
Não saberia dizer exatamente, toquei em casas que serão sempre inesquecíveis: New Wave, Phaéton, Cotton Club, Barcelona e Estrutura. Fui considerado e tratado como um top Dj na região, cada casa tem sua história.
Quando passei a ser free lance toquei em inumeras casas pelo Brasil, o Sirena em Maresia, a Mood em São Paulo e a Neo de Porto Alegre fazem parte das minhas melhores lembranças, principalmente pelas pistas bombadas e eu sair como se fosse um Top mesmo! Com um monte de tapinhas nas costas.

E hoje, se pudesse escolher onde gostaria de tocar?
Gostaria de tocar no D-Edge em São Paulo que é um casa sensacional. Mas também podia ser na Space de Miami, na Cielo de Nova Iorque ou na Fabric de Londres, hehehe.

Tem algo na profissão de DJ que lhe incomoda? O que e por quê?
Sim, a situação atual é muito complicada, pois como estamos na era do marketing existe muita gente que nunca deveria estar numa cabine de som, não sou aqueles que ficam criticando os “DJs” que saíram do BBB, mas acho que quem quer ser DJ deve procura estudar para aprender e saber como comandar a pista, os conceitos, a mixar, entender os estilos musicais, etc. O publico não deveria aceitar porcaria, isso eu nunca vi no exterior, talvez até tenha, mas nas casas bacanas nunca vi.

Atualmente onde podemos apreciar as mixagens do DJ Paulo Couto?
Bom, toda sexta-feira na rádio Jovem Pan de São José dos Campos. Nas baladas toco pouco, uma ou duas datas por mês, tenho outras atividades profissionais e os compromissos sociais não me permitem tocar toda semana. Este mês de abril toquei em Campos do Jordão e em uma festa fechada da Calvin Klein. Em maio vou tocar na Arena Red Bull da mega festa no Villa Music Hall e assim vai, to sempre por ae.


Existe algum projeto no qual está envolvido? Qual?
Tenho produzido bastante, recentemente fiz um remix para Rock With You do Michael Jackson que está tocando muito nas pistas e até na Europa. Fora isto tenho várias outras musicas produzidas.

O que recomenda aos jovens que iniciam agora a carreira de DJ?
Recomendo que sejam DJs porque gostam muito das musicas, das pistas e principalmente de ver pessoas felizes, este lance de achar que ser DJ é moda, é bacana, não tem nada haver, vai pagar mico!
Além do talento, a dedicação é o segredo para ser um bom profissional, seja insistente, treine muito para fazer uma boa apresentação, às vezes a chance que se tem de mostrar o trabalho é única. E sempre observe os grandes Djs, pois com certeza eles tem algo á mais para ter chegado onde chegaram.

Para finalizar, que mensagem gostaria de deixar aos internautas que vão ler sua entrevista?
Gostaria de agradecer muito aos internautas, recebo diariamente muitos e-mails e mensagens, dos novos e dos antigos amigos, muitos deles agradecendo ou contando sobre alguma balada na qual toquei e que ficou marcada por uma musica ou situação. Adoro a web e hoje não viveria sem ela.