quinta-feira, 24 de maio de 2012

Próxima entrevista do Blog I'm a deejay

Pessoal fiquem ligados no Blog I'm a deejay, pois a próxima entrevista será com o DJ e Produtor Joe K.
Considerado pela DJ Sound como o hitmaker brasileiro, Joe K é um dos mais festejados produtores da atualidade. Seja com seus remixes ou com suas próprias composições, é um dos campeões de entradas no top 100 do aclamado site de vendas digitais Beatport, sendo o único brasileiro a ter alcançado a posição de número 1 em vendas.

Não deixem de conferir a partir do dia 01/06 aqui no Blog I'm a deejay.

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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Entrevista com Dj e Produtor Ricardo Coppini


Ricardo, quanto tempo de estrada?
Música na minha família atravessa gerações, pois meu bisavô era maestro e até compunha óperas. Meu avô também adorava música, mas aprendi mesmo a amar essa arte através do meu pai que até hoje tem uma coleção infindável de vinis. Ali começou o meu amor pela música e nunca mais parou. Sempre ouvia músicas dançantes e comecei a perceber que era esse o tipo que eu mais gostava. Quando adolescente, eu frequentava danceterias e ficava maravilhado com tudo aquilo, aumentando a minha ligação com a música dançante. A paixão por discotecar começou quando em uma danceteria dos meus primos, pude acompanhar mais de perto o trabalho dos DJs que por lá passavam. Ficava encantando com a arte de passar de uma música para outra sem intervalo e sem sair fora do ritmo. Ali descobri o que gostaria de fazer para o resto da vida. Comecei como residente da Emerald Hill, passei pela Overnight e comecei a ganhar notoriedade, sendo convidado até hoje para tocar em diversas casas noturnas de todo Brasil e também do exterior. Discotecar é uma grande paixão e com muito empenho e dedicação, continuo mantendo o meu nome na listagem dos Top 100 Dj’s todos os anos.

O que veio primeiro, a profissão de DJ ou produtor?
Depois de muitos anos discotecando e já com um grande destaque nacional através de rádios e também fazendo remixes, com a ajuda de uma bateria eletrônica e um sampler, comecei a amadurecer a idéia de fazer minha própria base usando trechos de outras músicas. A primeira base que fiz utilizando a bateria e o sampler fez um grande sucesso na pista do club em que eu era residente e chamou a atenção de algumas pessoas que resolveram investir em mim. Assim surgiu a idéia de montarmos um estúdio. Conheci o Dj Tibor Yuzo nessa época e a partir deste encontro que, decidimos formar a dupla Ricco Robit. Fizemos história como os primeiros produtores brasileiros a produzirem Dance Music e alcançarem os primeiros lugares nas paradas por 6 meses consecutivos com "I Don’t Let You Go". Esse projeto durou por alguns anos e foi retomado ano passado. Em paralelo, também fui me destacando na carreira solo, tendo no currículo vários sucessos, o que me possibilitou ser o ganhador do prêmio de “Melhor Produtor de E-Music de 2010” pelo DJ Sound Awards.

Você ganhou o prêmio de “Melhor produtor de e-music de 2010” pela Revista DJ Sound. Conte um pouco sobre sua trajetória como produtor.
Sim, além de Dj, venho me dedicando à produção há vários anos tendo várias músicas de sucesso que entraram em diversos playlist´s de revistas especializadas no assunto e em vários clubs do Brasil e do exterior. Comecei com o projeto Ricco Robit, onde lançamos dois hits: “I Don’t Let You Go” e “Somebody”, sendo que o primeiro ficou durante 06 meses nos principais charts do país e também no exterior. Depois passei a produzir sozinho e lancei várias produções, que me renderam o prêmio. Destaque para as mais atuais e que podem ser ouvidas e baixadas no meu Soundcloug: “Let’s Groove”, “What You See Is What You Get”, “Funky Disco”, “House Music Stops The Traffic”,”It’s You”, “Lived Once”, I Don’t Let You Go (New Century Mix) e a mais recente “Frozen”, que é um remix do grande sucesso da Madonna, onde coloco notas de Bossa Nova misturados a house music.

Sendo você uma referência e por ter vivido toda uma história na cena nacional, pergunto quais são as grandes diferenças do mercado passado para o atual e como isso influência na sua carreira?
Acho que para mim que sou produtor e sempre gostei muito de tocar com vinil tem o lado bom e o ruim da atual situação do mercado. O lado ruim é que as músicas estão cada vez mais descartáveis e para os Dj´s que produzem fica muito mais difí­cil ganhar dinheiro com a venda de cd´s em função da pirataria. O lado bom é que você consegue colocar ou disponibilizar a música no mercado com muito mais rapidez. Você termina a música e não precisa esperar o vinil ficar pronto para começar a tocar ou até mesmo para enviá-las para outros Dj´s e produtores. Você pode enviá-la na mesma hora para um Dj que está do lado do planeta.


E o público, como está reagindo com a evolução do mercado?
Vejo os dois lados da moeda, pois hoje em dia há muito mais oportunidade para que novos talentos possam mostrar o seu trabalho na cena eletrônica, mas por outro lado acho ruim, porque banalizou um pouco um mercado onde qualquer um pode dizer que é Dj ou até mesmo produtor e com isso, a qualidade, tanto na discotecagem quanto na produção, começa a cair.

E como você descreve o Brasil referente ao cenário da música eletrônica e da discotecagem?
A música eletrônica tem crescido muito no Brasil. Cada vez mais as pessoas querem ser Dj´s e produtores. Todos os meses vários club’s são abertos nas cidades e os festivais de música eletrônica têm atraído milhões de pessoas em todo o país. A cultura cresceu muito e vêm trazendo muitas oportunidades pra quem gosta de trabalhar na área. Na minha opinião, a tendência é aumentar ainda mais os fãs e os profissionais da cena.

Você acredita que a internet superou totalmente o rádio no que se refere a divulgação da carreira e trabalhos de produção e DJ?
Com certeza! As mídias sociais invadiram o cotidiano das pessoas e hoje em dia é muito mais fácil entrar na vida delas através desse canal do que através do rádio. A internet está acessível a todos e é uma excelente ferramenta!

Quem foram os grandes parceiros durante esses anos de profissão?
No começo da minha carreira me inspirei muito em um Dj chamado Paulinho Helal. Um Dj da era “Disco” que tinha muita técnica mixando e foi um dos meus professores. Grandes amigos também cresceram comigo na cena e fizeram parte do aprendizado: Tibor Yuzo, Ricardo Guedes, Alex Hunt, entre outros da cena nacional, que admiro muito.

Tem algo na profissão de DJ que lhe incomoda? O que e por quê?
Talvez o que me incomode seja realmente a banalização da profissão DJ. Com as ferramentas tecnológicas de hoje em dia, as pessoas só visam o lucro e a exposição e não se interessam em estudar música. Hoje em dia é muito fácil colocar um computador na mesa de som e deixa-lo fazer o trabalho. 

Porque atualmente todo mundo é DJ ou pelo menos diz ser? Será que isso pode acontecer também com a produção musical?
Isso já acontece! Hoje em dia, qualquer um pode baixar um programa na internet! Mas sempre vai existir a grande diferença entre “montar” uma música e “produzir” uma música. A maioria pega trechos de músicas, loopings, samples e monta em cima de uma base. Poucos produzem passo a passo, usam instrumentos, detalham e enriquecem a produção com elementos criativos e originais.


Atualmente onde podemos apreciar suas mixagens?
Atualmente me apresento em todo Brasil, sem residência fixa. Quem quiser me contratar, pode entrar em contato com a minha empresária e quem quiser me ver tocar, é só ficar atento na agenda, através do meu site ou da minha página no Facebook – www.facebook.com/ricardocoppini 

Quais os principais projetos em que está envolvido?
Meus projetos são poder continuar tocando por club’s de todo Brasil e exterior e poder continuar produzindo cada vez mais. Quero ouvir minhas músicas sendo tocadas no mundo todo.

O que recomenda aos jovens que iniciam agora a carreira de DJ e/ou produtor?
Que estudem com afinco, coloquem dedicação ao que fazem e tenham seu estilo próprio, independente da moda. Fazer o que se gosta é o primeiro passo para o sucesso.

Para finalizar, que mensagem gostaria de deixar aos internautas que vão ler sua entrevista?
Desejo que todos tenham sucesso em sua vida e que possam continuar fazendo a música eletrônica crescer em nosso país, seja como DJ, produtor ou como fã.