domingo, 20 de novembro de 2011

DJs, vocês pensam na SAÚDE?

DJs e amantes da profissão, tudo beleza????

Pessoal, estava eu em minha casa quando resolvi dar uma mixada para relaxar, ao encerrar o set percebi que estava bem suado devido a empolgação do momento que, diga-se de passagem, é muito relaxante para quem curte. Bem, com todo aquele suor e calor, veio uma pergunta na minha cabeça: Quantas calorias um DJ perde em uma noite de trabalho? Como eu já esperava não consegui nenhum dado concreto sobre o assunto, mas após várias consultas ao Oráculo dos tempos modernos, o Mr. Google, encontrei uma matéria que me chamou a atenção (http://p3.publico.pt/node/1316). A matéria fala sobre a luta da APDJ, Associação Portuguesa de DJs, em classificar a profissão como um risco a saúde. Caracas! É isso mesmo? Sim, é isso mesmo, um risco para a saúde. Sendo assim, fui mais a fundo no assunto e me fiz outra pergunta: Será que os DJs já pararam para pensar qual é o impacto causado à saúde pela profissão exercida?

Pois muito bem! Se nenhum DJ pensou nisso, para sorte de vocês a Associação Portuguesa de DJs o fez e, como DJ é DJ em qualquer lugar, vou fazer um resumo do que eu li no site da mesma:

Vamos expor o assunto em 3 partes principais, sabendo que em alguns casos os mesmos estejam interligados, e que demonstram a dureza da profissão, desgastes físico e psicológico, que fazem desta arte uma profissão de risco para a saúde.

O SOM E SEUS EFEITOS NA SAÚDE HUMANA

FONES DE OUVIDO

Muitos pensam que o fato do DJ usar fone de ouvido irá beneficiar o mesmo em termos de proteção quanto ao som da pista de dança! Pois é exatamente o contrário! Em regra geral, os DJs ouvem a mesma quantidade de som, tendo que, para mixar bem, ouvir em igualdade o som da música que vai entrar tal como o som da música que está a tocar na pista ou recinto, pois assim são as regras de trabalho de um bom DJ.

No entanto, devido ao desgaste dos tímpanos ao longo dos anos, o DJ se vê obrigado a ouvir o fone de ouvido com volumes cada vez mais altos.

A maioria dos DJs para trabalhar e treinar utiliza fones de ouvido de alto rendimento, que podem chegar facilmente até 115dbs, o que pode prejudicar gravemente a saúde, podendo causar surdez.

PISTA DE DANÇA

Não é por acaso que na América (danceterias, discotecas e bares em geral) possuem avisos obrigatórios contendo o seguinte aviso: “AQUI VOCÊ ESTÁ SUJEITO À SURDEZ”. Segue alguns resultados de exames e estudos realizados: Na Alemanha foi realizada uma pesquisa em mais de 4000 pacientes cardíacos, o que levou à conclusão de que as pessoas que vivem ou trabalham em ambientes muito barulhentos, correm um risco 50% maior que os demais de sofrer ataques cardíacos. Os pesquisadores concluíram que os problemas cardíacos são causados pela maior libertação de hormônios ligados ao stress provocado pelo barulho. É interessante notar que a maior parte das ocorrências de problemas cardíacos foram em trabalhadores de empresas com níveis de ruído próximos dos 85 dbs, considerados saudáveis pelas normas internacionais de segurança e saúde. Sendo assim, as doenças causadas por ruído ou som, em níveis usuais, em bares e discotecas são, na generalidade, divididos em três grupos: 
    • Efeitos físicos - perda da audição;
    • Efeitos fisiológicos - alteração da pressão sanguínea, do ritmo cardíaco, respiratório e tensões musculares;
    • Efeitos psicológicos - irritabilidade, stress, fadiga, diminuição da capacidade de concentração.
Nível de DBs aceitável por tempo em horas: 16 horas- 80dbs / 8 horas - 85dbs / 4 horas - 90 dbs / 2 horas - 95dbs / 1 hora - 100 dbs / 30 minutos - 105 dbs / 15 minutos – 110dbs /

POSTURA - TRABALHO EM PÉ SOBRE ESFORÇO

O trabalho em pé, por si só exige um maior esforço, mas o trabalho em pé por tempo prolongado, normalmente uma noite inteira, proporciona o risco precoce no aparecimento de varizes nos pés e pernas, dores ou lesões na região lombar, sensações dolorosas nas superfícies de contatos articulares, devido ao peso do corpo. Não podemos esquecer que o trabalho em pé provoca um esforço extra de mais de 30% de pressão sobre a coluna do trabalhador. Segundo Nachemson e Elfstrom em estudo realizado em 1970, a posição em pé parada além de ser altamente fatigante, exige muito trabalho de musculatura envolvida para manter essa posição e obriga um esforço extra do coração que encontra maior resistência para bombear o sangue para as extremidades do corpo.

STRESS E BURNOUT

A necessidade do dj se afirmar, treinar, trabalhar e pesquisar, além do barulho ao qual é exposto, acaba resultando em níveis elevados de stress.

Talvez o termo BURNOUT não seja conhecido, mas é real! A maior parte dos DJs sofre desta síndrome, conforme podemos observar nas reações dos profissionais no dia a dia. Quem não conhece um DJ que se queixa de dor na cabeça e distúrbios de sono, posturas ou reações de exaustão, isolamento e ou dedicação excessiva ou total à profissão já que ela é a única fonte de auto-estima.

Bom pessoal, claro que eu não estou aqui dizendo que os DJs tem que deixar de ser DJ, mas sim chamando a atenção de que ninguém é um Super-Homem ou Mulher-Maravilha. Todos estão expostos a sérios riscos e por isso é necessário pensar no futuro. Com isso outra pergunta me vem à cabeça: Como amenizar os riscos à saúde ligados à profissão de DJ?

É o que vou tentar descobrir para informar a todos. Depois falam por ai que todo mundo é DJ, não é bem assim não, tem que ter muita GARRA!

Abaixo os link dos sites contendo todas as informações completas sobre o que eu mencionei acima.

Fontes:

- Site APDJ - Associação Portuguesa de DJs - http://www.apdjs.pt/index.php
- Site Publico - http://www.publico.pt/


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