sábado, 1 de janeiro de 2011

Entrevista com Dj Alexandre Guida

Quando percebeu que queria ser DJ?
Não sei te falar precisamente, mas sempre me interessei por música. Ouvi muito de tudo, pois a música é uma arte que sempre me emocionou.


Como foram seus primeiros passos?
Desde muito cedo, quando ainda tinha 14 anos, recriando as vinhetas que escutava nas rádios, eu adorava! Colei muita fita K7 com durex para uma edição perfeita e já narrei muita vinheta dentro de baldes de metal e sopeiras de porcelana para dar reverbação na voz, já fiz de tudo numa época que nem computador existia. Anos mais tarde comecei a criar remix e novas versões de grandes hits para atender as encomendas dos Djs da região, pois em 1997 era muito caro conseguir faixas exclusivas.

Sua carreira deslanchou após sua mudança para São Bernardo ou isso não interferiu em nada?
Minha carreira ESTÁ começando e isto aconteceu depois que decidi dedicar-me mais a música, aos 37 anos nunca é tarde, rs. Estar no centro da música eletrônica do Brasil tem vários pontos positivos como a possibilidade de trocar informações com os melhores profissionais da área e ter um público apaixonado e fiel, outro ponto positivo é que o mercado é exigente e por isso picareta não tem vez, sendo necessário ter muito talento para conseguir espaço e tocar nas melhores casas de São Paulo.


Como surgiu o projeto A-BRAIN?
O A-Brain surgiu quando o DJ Alexandre Spada me convidou para produzir e então batizei a dupla com este nome, mas por enquanto a minha parte é a melhor, ou seja, somente aumentar o volume, o Spada faz todo o trabalho pesado. O Spada é muito talentoso!
Eu também utilizo o título A-Brain para o meu programa semanal de rádio na web, que felizmente vai muito bem, atualmente é transmitido por quatro rádios especializadas em música eletrônica, sendo uma brasileira, que esta classificada entre as 50 melhores rádios do mundo, e vai ao ar logo após o programa do DJ Anderson Noise, uma rádio francesa, franco-russa e mais recentemente uma grega.


Além do A-Brain você possui outros projetos na internet? Qual?
Não, no momento estou trabalhando forte e negociando com outras rádios ao redor do mundo para aumentar o alcance do meu programa de rádio A-Brain, que vai ao ar semanalmente. Abaixo estão os dias, horários e os endereços das rádios:

-Sábado 6PM na Discotheque - www.discothequeradio.com (Brasileira)
-Sexta 6PM na BWU -
www.beatwinus.net (Francesa)
-Domingo 4PM na 2Capitales -
www.2capitales.com (Francesa/Russa)
-Segunda 12PM na Safari Radio-
www.safariradio.gr (Grega)
-DJ residente na RKG (Francesa) -
http://radio.rkg.net/

Todos os episódios podem ser baixados na minha página no SoundCloud http://soundcloud.com/alexandre-guida/tracks


Atualmente o que ajuda mais na carreira, a internet ou a rádio? Em que sentido ajuda mais?
Hoje eu acredito que a internet nos traz maior benefício, pois temos sites especializados em música, lojas para compra, sites para download, redes sociais, entre outras atratividades e facilidades, por isso acredito que este conjunto faz da internet um lugar para divulgação e conhecimento fantástico.

O que prefere CDJ ou PICK UP? Por quê?
Como eu comecei a discotecar a um ano peguei a fase do Serato, software incrível de armazenamento de músicas que opero através de um Numark S-7, um controlador fantástico!
Essa questão entre um equipamento ou outro na minha opinião não existe, todos possuem pontos fracos e fortes, mas o mais importante ainda é o DJ que está no comando. Conhecemos profissionais que dominam a técnica das pick-ups, mas possuem péssimo gosto musical e por outro lado DJs que utilizam o Virtual DJ e fazem a pista pegar fogo, a verdade é que um ótimo DJ toca para mexer com a emoção do público e o público não quer saber se a emoção sai de um vinil ou CD. CDJ ou Pick-up só faz diferença para o DJ que toca para outro DJ.


Hoje quem é sua referência como DJ?
Tenho vários, desde o DJ Maurício Belchior passando pelo Alexandre Spada, ambos no Vale do Paraíba, além dos amigos que tive oportunidade de conhecer em SP como Magal, Anderson Noise, Mau Mau, entre outros!

Qual a diferença do público da capital com os de outras regiões do estado?
Como eu citei anteriormente acredito que a grande diferença é a fidelidade com a música e o DJ, nos melhores clubes da cidade a maioria das pessoas estão lá para ouvir música, são conhecedores do que está tocando mundo a fora e possuem um senso crítico apurado, obviamente tem a parcela que vai somente para beber, etc, rs.

Como mercado de hoje facilita ou dificulta a vida do DJ?
Acho que o mercado de hoje facilita para quem é bom e dificulta para quem não é, é bem verdade que existem vários DJs picaretas, que levam seus sets prontos e tocam por aí roubando a oportunidade de um DJ profissional ganhar o seu cachê, mas eu culpo os contratantes que incentivam estes garotos e garotas que estão embalados no glamour da discotecagem para aumentar seu próprio lucro. Seja como for este tipo de DJ tem perna curta e em grandes centros não conseguem espaço, muito menos a nível mundial.

Quais os estilos musicais tocados pelo Dj Alexandre Guida?
Sou seguidor da linha French House, Disco House, Nu Disco e Indie. Gosto muito!

Qual(ais) a(s) melhor(es) festa(s) em que já tocou?
Essa é fácil, todas! Estou começando agora e tocar na minha cidade natal ou em São Paulo é divertido da mesma forma! Sou um deslumbrado!

E onde tem vontade de tocar?
Eu já tive a honra de tocar em muitos lugares onde nomes de peso passam, já dividi pick-ups com nomes internacionais, mas desde que cheguei em SP sou frequentador da D-Edge e tocar lá, uns dos templos da música eletrônica mundial, seria simplesmente fantástico.

Quais são os projetos futuros do DJ Alexandre Guida?
No momento eu vou me dedicar ainda mais na produção do programa de rádio A-Brain, que está sendo muito bem comentado fora e dentro do Brasil, a audiência é muito boa e os parceiros (emissoras de rádio) estão bem felizes. Estes mesmos parceiros me incentivam a seguir em frente e separam para o A-Brain os melhores horários.

Que conselho você deixa aos jovens que estão ingressando nesta profissão?
Para quem está encarando como profissão, que levem muito a sério, pois é um trabalho maravilhoso poder lidar com uma arte milenar capaz de mudar a vida das pessoas, capaz de fazer você voltar no tempo e te tirar deste planeta. Estudem e treinem a técnica seja qual for a ferramenta, CDJ, pick-up, softwares..., não importa, o importante é você fazer a noite do seu público incrível. Você é um artista e não deixe de cobrar cachê por sua apresentação.
Para os que estão de passagem baixem os sets da internet, enganem alguns por aí, peguem seu cachê e aproveitem os minutos de atenção.

Para finalizar, o que o público precisa saber referente ao DJ Alexandre Guida?
Que é um novato na discotecagem, mas que se dedica de coração por esta paixão e que espera ter a oportunidade de tê-los numa pista sob seu comando.

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